O cheiro das flores é uma característica importante para atrair polinizadores, especialmente à noite, para animais que possuem pouco estímulo visual. As flores polinizadas por morcegos ou mariposas, que atuam durante a noite, possuem geralmente forte aroma. As abelhas também respondem fortemente ao estímulo do aroma e têm preferência por aquilo que para nós humanos é "perfume". De fato, muitas das flores que atraem abelhas têm aromas agradáveis, como as violetas. Devido à alta sensibilidade dos insetos ao cheiro, mesmo as flores que parecem não ter cheiro ao olfato humano, contêm suficientes quantidades de substância atraente.
Do ponto de vista da observação humana, os aromas de plantas se dividem em duas grandes classes: Aromas "agradáveis": As substâncias responsáveis pelos aromas são bastante voláteis, podendo ser obtidas por destilação a vapor ou extraídas das flores com éter, formando a fração dos chamados "óleos essenciais". Os óleos essenciais são geralmente formados de mono ou sesquiterpenos, álcoois alifáticos simples, cetonas, ésteres, ou substâncias contendo o anel aromático. Muitas vezes, uma só substância é responsável pelo odor; às vezes, uma mistura enorme de substâncias. Consulte as tabelas para detalhes
Muitos perfumes modernos são feitos ainda hoje a partir dos extratos das plantas, embora existam essências sintéticas. Rosas ainda são cultivadas na Bulgária por causa de seu perfume. Cidades como Grasse, no sul da França, apresentam campos enormes de cultivo de flores, especialmente destinadas à perfumaria.
Aromas "desagradáveis": Essa classe tem sido pouco estudada. Um exemplo desse tipo de aromas é o odor fétido da planta Arum maculatum e outras plantas da família das Araceae. O cheiro desagradável é uma forma de mimetismo olfativo, pelo qual a planta reproduz o cheiro de proteína em decomposição ou de fezes, com o objetivo de atrair para suas flores os insetos que normalmente são atraídos pela carniça ou pelo estrume. As substâncias químicas responsáveis por esse cheiro são de constituição química muito semelhante às substâncias que de fato existem nos materiais em decomposição ou nas fezes.
Algumas substâncias de cheiro desagradável podem ser usadas em perfumaria, em alta diluição. Um exemplo é o escatol, constituinte de fezes, que possui cheiro característico e é usado em alguns perfumes orientais.
Feromônios de insetos e o aroma das flores: Os insetos também se comunicam através de sinais químicos. Funcionam como sinais químicos os chamados feromônios, substâncias voláteis, ativas em quantidades mínimas que, ao serem liberadas por um inseto, têm a propriedade de afetar outros insetos. Os feromônios são usados como mensageiros químicos em diversas situações da vida do inseto: alimentação, acasalamento, oviposição, agregação, defesa e estabelecimento ou reconhecimento de trilhas.
São substâncias geralmente simples, como álcoois, ácidos ou ésteres alifáticos. Muitos feromônios têm natureza terpênica e são muito semelhantes às essências das plantas.
As plantas podem produzir cores e odores para atrair insetos à polinização, como vimos. Podem também adicionar a estes recursos o recurso da forma.
Um exemplo sofisticado deste tipo de interação é como as abelhas do gênero Andrena são atraídas para flores de orquídeas do gênero Ophrys. A forma e a cor da flor são de tal modo semelhantes à forma e a cor da abelha-fêmea, que chegam a confundir o macho da espécie na sua busca de acasalamento. Ele voa na direção da flor, pousa nela, e faz um "pseudoacasalamento", realizando no processo a polinização da orquídea. Além do visual que ilude o inseto, a flor utiliza uma atração olfativa. O aroma da orquídea, de fato, é uma imitação do odor sexual da abelha-fêmea. A flor não oferece nenhum néctar ao inseto e não é visitada pela abelha-fêmea. As substâncias responsáveis pelo aroma da flor são principalmente mono e sesquiterpenos da série dos cadinenos. Algumas das substâncias encontradas nas glândulas da Andrena-fêmea estão presentes também na flor.
Fonte: www.geocities.com
Quando uma abelha penetra numa flor para sugar o néctar, os grãos de pólen aderem ao seu corpo e ao visitar, na seqüência, uma outra flor, o pólen colado no corpo da abelha é depositado no estigma, a parte feminina da segunda flor. Este processo, chamado polinização, é o que fertiliza a flor.
nome popular | nome científico | família | floração |
Acácia negra | Acacia mearnsii | Mimosaceae | jul-ago |
Açoita-cavalo | Luehea divaricata | Tiliaceae | jan-fev |
Araçá | Psidium cattleianum | Myrtaceae | set-jan |
Assa-peixe | Vernonia beyrichii | Asteraceae | jun-ago |
Guaçatunga | Casearia decandra | Flacourtiaceae | jun-jul |
Cambará | Gochnatia polymorpha | Asteraceae | nov-jan |
Caquizeiro | Diospyrus kaki | Ebenaceae | set-out |
Carqueja | Baccharisspp | Asteraceae | mar-abr |
Cipó-são-joão | Pyrostegia venusta | Bignoniaceae | jun-ago |
Eucalipto | Eucalyptusspp | Myrtaceae | jul-dez |
Feijão-guandu | Cajanus indicus | Fabaceae | abr-out |
Grevilha | Grevillea robusta | Proteaceae | jul-ago |
Guaco | Mikaniaspp | Asteraceae | jul-ago |
Cafezeiro-bravo | Casearia sylvestris | Flacourtiaceae | jul |
Jerivá | Syagrus romanzoffianum | Arecaceae | dez-abr |
Laranjeira | Citrus sinensis | Rutaceae | ago-set |
Limoeiro | Citrus lemon | Rutaceae | ago-set |
Macieira | Prunus malus | Rosaceae | out-nov |
Maricá | Mimosa bimucronata | Mimosaceae | jan-mar |
Milho | Zea mays | Poaceae | out-dez |
Pêra | Pyrus communis | Rosaceae | jul-nov |
Pêssego | Prunus persica | Rosaceae | jun-out |
Pitanga | Eugenia uniflora | Myrtaceae | set-out |
Tarumã | Vitex megapotamica | Verbenaceae | set-nov |
Trevo | Trifolium repens | Fabaceae | abr-jun |
Trigo-sarraceno | Fagopyrum sagitatum | Polygonaceae | abr-jun |
Pata de vaca | Bauhinia forficata | Caesapilnaceae | jan-fev |
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Fonte: Revista Rural Especial. Ano II, N. 17
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