Quem sou eu

Minha foto
Ribeirão Pires, São Paulo, Brazil
Pra começar quero deixar claro que não sou um profissional da fotografia, mas um iniciante que busca através dos cliques capturar e congelar a fiel imagem da natureza sem corrompê-la. E o intuito desse blog é difundir minha sensibilidade externada na visão no que se refere a natureza. Tentar traduzir por meio das fotos reflexões que vão além do olhar. E por fim, explanar temas que nos remetem a ações simples de como ajudar à preservação da natureza fazendo dela um meio de vida e não de tortura. "Antes de ser um homem da sociedade, sou-o da natureza. Nunca o homem inventará nada mais simples nem mais belo do que uma manifestação da natureza. Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que pode ser produzido." (Leonardo da Vinci)

Referências da fotografia:

“Fotografia é a utilização de determinadas técnicas para codificar em imagem o mundo pessoal daquele que fotografa. E a foto arte exprime justamente isto, o sentimento do fotógrafo sobre as pessoas, a natureza e o mundo que o cerca.”(Germano Schüür)


"De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso e transitório. Nós, fotógrafos, lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há mecanismo no mundo capaz de fazê-las voltar. Não podemos revelar ou copiar a memória."

''Fotografar é colocar na mesma linha de mira, a cabeça, o olho e o coração.'' (Henri Cartier-Bresson 1908-2004)


"A fotografia excede a mera expressão da realidade, ela é a representação impressa do sentimento do artista, é a possibilidade de ver o mundo através dos olhos de outrem." (Max Ferreira)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Bonsai: Cerejeira (idade: +/- 20 anos)


História do bonsai

A Natureza sempre foi o caminho para o homem estreitar suas relações com o divino. Por esse motivo, as florestas eram o templo sagrado de muitas civilizações e a proteção na busca de equilíbrio. Assim, percorrer os caminhos tortuosos da floresta era comum, principalmente entre os monges chineses e os taoístas, interessados em meditar e reabastecer suas energias.
Entre os elementos naturais dignos de adoração, as árvores centenárias eram o exemplo mais marcante de longevidade e superação da ação do tempo. Mesmo expostas a condições desfavoráveis, elas renasciam, floresciam e frutificavam todo ano. Era a verdadeira vitória contra a morte. Com o passar dos anos, surgiu a idéia de levar para as cidades um pouco da “essência mágica” das florestas.
As árvores, então, começaram a ser cultivadas em vasos pequenos ou bandejas, mas com a aparência de terem vivido muitos anos. Essas miniaturas eram chamadas depun sai e cada monge budista cuidava do seu exemplar com dedicação absoluta para apresentarem uma expressão de saúde e beleza natural, mas, principalmente, para servirem de veículo à meditação.
Desenvolvida pelos chineses desde o ano 200 a.C., essa arte provavelmente foi levada ao Japão por monges. Na Era Kamakura, entre 1192 e 1333, ocorreu a primeira menção ao bonsai em terras japonesas, sinal de que os nobres já haviam descoberto esse tesouro em miniaturas de ameixeiras, cerejeiras e pinheiros plantados em vasos.
A popularidade do bonsai já era imensa na Era Edo, entre os anos de 1615 e 1867, principalmente pelas espécies floríferas e com folhagens coloridas. O período também é marcado pelo desenvolvimento das técnicas de cultivo e a criação dos estilos básicos.
Mas foi só no começo do século XX que o mundo ocidental pôde admirar a perfeição das árvores cultivadas em espaços reduzidos. As exposições destas pequenas obras de arte, criadas em conjunto pelo homem e a Natureza, davam ao mundo lições de paciência, dedicação e técnica.
O bonsai passou a ser popular nas grandes cidades carentes do contato com a Natureza. Logo, tornou-se um hobby que se espalhou por diversos países. No Brasil não é diferente. Muitas pessoas dedicam anos para dar a forma envelhecida às suas plantas, inclusive muitas nativas. Afinal, num país tropical com tantas espécies de árvores, nada mais justo do que se aventurar pelo mundo do bonsai.
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Texto retirado da revista Biblioteca Natureza – Bonsai, Segredos de Cultivo (editora Europa)

OBS.: Apesar de ser responsável pela difusão do bonsai pelo mundo, nem o Japão e nem a China foram os primeiros países a utilizarem técnicas para redução de plantas. Acredita-se que os primeiros a fazer isso foram os curandeiros indianos, que necessitavam transportar plantas medicinais e por isso reduziam as plantas, mesmo sem dar a essa técnica o nome de Bonsai.



Filicium decipiens

Junigas , Árvore-samambaia.

Tipo: Planta (Tipo: Árvore Árvore).

Família: Sapindaceae.
Altura: 20 m.
Diâmetro: 8 m.
Ambiente: Pleno Sol.
Clima: Tropical de altitude, Subtropical, Tropical, Tropical úmido.
Origem: Índia.
Época de Floração: Inverno.
Propagação: Sementes.
Persistência das folhas: Semi-permanente.
Obs: É adequada para arborização de parques, jardins e avenidas. 

domingo, 7 de novembro de 2010

INSETOS

Os insetos são o grupo de animais mais numeroso sobre a terra. A classe Insecta, que faz parte do filo Arthropoda, possui mais de setecentos e cinquenta mil espécies descritas, o grupo é maior que a soma de todos os grupos de animais. São animais essencialmente terrestres e ocupam todos os nichos ambientais na superfície da terra, mas também invadiram os habitats aquáticos; só estão ausentes das águas oceânicas mais profundas.
O sucesso  dos insetos pode ser atribuído a vários fatores mas, certamente, a evolução do vôo dotou esses animais de uma vantagem sobre o resto dos invertebrados terrestres. Dispersão, fuga de predadores e acesso a alimentos ou melhores condições ambientais são algumas das vantagens que os insetos possuem. A capacidade de voar desenvolveu-se também nos répteis, aves e mamíferos, mas foram os insetos os primeiros a voar.
Esses animais possuem um grande significado ecológico para os ambientes terrestres. Dois terços de todas as plantas que dão flores dependem de insetos para sua polinização. Os principais polinizadores são abelhas, vespas, borboletas, mariposas e moscas sendo que as três ordens representadas por estes insetos têm um história evolutiva fortemente ligada àquela das plantas que dão flores as quais tiveram uma evolução explosiva no cretáceo.
Os insetos são de enorme importância para o homem. Mosquitos, piolhos, pulgas, percevejos e muitos tipos de moscas podem contribuir diretamente para a miséria humana. Mais seriamente, eles e outros contribuem indiretamente como vetores de doenças do homem ou de doenças de animais domesticados pelo homem. As plantas domésticas dependem de alguns insetos para sua polinização mas são destruídas por outros. Muito dinheiro é gasto no controle das pragas de insetos que podem reduzir drasticamente a alta produção agrícola necessária para o suporte de grandes populações humanas.
Os insetos distinguem-se dos outros artrópodes por apresentarem três pares de pernas e, usualmente, dois pares de asas ligadas a região média ou torácica do corpo. Além disso, a cabeça possui um par de antenas e um par de olhos compostos. Como todos os artrópodes, os insetos possuem um exoesqueleto, que no caso específico destes animais é composto de quitina. O corpo do inseto é divido em três regiões: a cabeça; o tórax, onde localizam-se os três pares de patas e os dois pares de asas, e; o abdômen, que não possui segmentos articulados. As asas são uma característica marcante dos insetos, embora existam alguns grupos desprovidos de asas. Em alguns esta condição é devido ao tipo de vida do animal, é o exemplo de machos e fêmeas das formigas e dos cupins que têm asas apenas em curtos períodos de seu ciclo vital; as operárias carecem delas. Algumas ordens de insetos parasitas, tais como piolhos e pulgas, perderam suas asas por completo. Por outro lado, tem-se bastante certeza de que os insetos que compreendem as ordens Protura, Thysanura, Collembola e umas poucas outras originaram-se de ancestrais desprovidos de asas. Nos insetos, as trocas gasosas ocorrem através de um sistema de traquéias.


Você sabia que a margarida não é uma só flor?



Na verdade, ela é formada por várias pequenas flores que crescem uma ao lado da outra

Quem diria que uma das flores mais populares de nossos jardins, a margarida, pertencente à família Asteraceae , e, portanto, parente dos girassóis, crisântemos, entre outras, não é uma só flor, mas a reunião de muitas flores?

Áster 
significa estrela em latim, e é por causa da distribuição de suas flores, que lembra o astro, que as margaridas e as outras flores de sua família levam este nome científico. Há, na margarida, inúmeras flores muito pequenas, que crescem bem próximas, uma ao lado da outra, sobre uma mesma estrutura. Esse conjunto de flores é chamado, entre os pesquisadores, de inflorescência. Para o tipo de inflorescência particular das margaridas – pequeninas flores, que funcionam perfeitamente crescendo juntas parecendo uma única flor –, os botânicos dão um nome especial: pseudanto (pseudo = falso; anthos = flor), ou seja, falsa flor.

Tente examinar a falsa flor da margarida aproximando-se bem dela. Você verá que há ali reunidas dois tipos de flores: umas formam o miolo amarelo, enquanto as outras formam a borda esbranquiçada. Mas não pense que elas crescem assim juntas apenas para que possamos admirar sua união. Essas flores têm funções biológicas importantes quando unidas, como a de produzir néctar, atrair polinizadores, além de gerar e receber pólen. Para isso, se dividem para desempenhar essas diversas “tarefas”. Muitas começam a desabrochar das extremidades em direção ao centro, assim, enquanto as flores da periferia estão na fase feminina – durante a qual são capazes de receber pólen –, as flores mais centrais estão na fase masculina – na qual liberam seu próprio pólen.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre as flores da margarida, que tal viver um dia de botânico e analisar mais de perto ainda essa flor? Para isso, você vai precisar somente de uma lupa e de um pouco de paciência. Tente separar e contar as flores da margarida e identificar os dois tipos de flores que formam sua inflorescência. Saiba que as margaridas e tantas outras flores de sua família ainda guardam muitos segredos que os botânicos estão tentando desvendar. Quem sabe você se apaixona por uma margarida e acabe se juntando a eles no futuro?

fonte: Por: Marinês Eiterer/Bióloga - Revista CHC | Edição 178 Publicado em 11/04/2007 



segunda-feira, 26 de julho de 2010

CAPUCHINHA


flores que dão água na boca

Algumas plantas com flores, além do valor ornamental, apresentam características
que as tornam verdadeiras iguarias, para "gourmet" nenhum botar defeito.
O importante é que sejam cultivadas naturalmente, sem usar produtos químicos.
A capuchinha ou chagas é uma dessas plantas.
Por: Rose Aielo Blanco

Durante a primavera de 1994, sob a inspiração do filme "Como Água para Chocolate"(que fazia sucesso na época), revistas, jornais e programas de TV abriram espaço para um assunto muito interessante: comer flores. É que no filme, é demonstrada a receita de um prato tido como "afrodisíaco" - as famosas codornas em pétalas de rosas - que despertou o interesse de muita gente. Embalados nessa linha, os veículos de comunicação deram destaque até para pessoas que se declaravam verdadeiras "comedoras de flores".
Passada a moda, muitos esqueceram o assunto mas há quem goste realmente de saborear flores. Em São Paulo, por exemplo, sofisticadas lojas de produtos alimentícios nacionais e importados (cuja clientela é composta por muitos gourmets), oferecem verdadeiras iguarias como calêndulas, flores de iuca, violetas, amores-perfeitos, capuchinhas - todas cultivadas sem agrotóxicos e produzidas especialmente para o consumo alimentício. As flores podem ser servidas ao natural ou enfeitando e enriquecendo saladas, fazendo parcerias deliciosas e refrescantes com legumes e folhas como rúcula, agrião, alface, etc.
Só que nem todas as flores podem ser usadas na alimentação. Muitas, mesmo não sendo cultivadas com agrotóxicos, apresentam princípios tóxicos que podem ser perigosos para a saúde. Antes de sair "se aventurando" pelos jardim à procura de um bonito ingrediente para a salada, é preciso conhecer bem as plantas para não correr riscos desnecessários.
Dentre as flores citadas acima, uma delas se destaca pelo seu valor na alimentação: é a capuchinha (Tropaeolum majus), também conhecida popularmente como chagas, flor-do-sangue e agrião-do-méxico. O nome "flor-do-sangue", aliás, provavelmente surgiu da fama que a planta adquiriu como anti-anêmica. Sabe-se, também, que a capuchinha é muito usada no tratamento contra o escorbuto (carência de vitamina C).
A capuchinha (ou chagas) pertence à família das Tropaeoláceas, é nativa do Peru, México e regiões da América Central. Trata-se de uma planta herbácea que pode ser usada como forração, como planta escandente ou cultivada de forma que tenha condições de enrolar os pecíolos das folhas em algum apoio. Apresenta folhas arredondadas, com longos pecíolos e flores isoladas, em forma de cálice, nos vários tons que vão do amarelo claro ao vermelho, passando pelo alaranjado. Tanto as folhas como as flores apresentam seiva de sabor picante, muito parecido ao do agrião.

Fácil de cultivar

Num canteiro ou num vaso, onde possa receber bastante luz solar, a capuchinha floresce bem. Decorativa, pode compor bordas em jardins ou formar um lindo arranjo, plantada numa jardineira e instalada numa varanda ou peitoril ensolarado. A planta se reproduz por meio de sementes, por divisão de touceiras ou estaquia, sendo que o melhor método é o da divisão. O plantio pode ser feito em qualquer época do ano porém, durante a primavera, a capuchinha se desenvolve com maior rapidez.
A planta não é muito exigente quanto ao solo. Para o plantio em vasos ou jardineiras, recomenda-se a seguinte mistura:

1 parte de areia
2 partes de terra comum de jardim
2 partes de terra vegetal

Para melhorar a qualidade da mistura, pode-se acrescentar 1 parte de vermiculita (encontrada facilmente em lojas de produtos para hortas e jardins).
Só é possível obter bons resultados no cultivo da capuchinha quando contamos com a incidência de luz solar direta, pelos menos durante algumas horas do dia. Quanto às regas, devem ser espaçadas, tendo o cuidado de manter o solo úmido, mas nunca encharcado.
A melhor maneira de dispensar completamente o uso de produtos químicos é manter a planta sadia, evitando ao máximo as condições favoráveis para o surgimento de problemas. O excesso de umidade, por exemplo, além de facilitar a proliferação de fungos, se transforma no ambiente predileto das lesmas e caramujos. O contato com plantas "doentes" é outro fator a ser considerado. Se a finalidade do cultivo da capuchinha for a alimentação, prepare um local especial para a planta, onde ela possa contar com a luminosidade necessária para o seu desenvolvimento e se mantenha livre de formigas e outras pragas. Caso seja realmente necessário, recorra às receitas naturais e caseiras para controlar os problemas.
Os cuidados com a capuchinha são poucos e compensam: sem a adição de qualquer produto químico, é possível ter uma planta delicada e ornamental, além de um lindo e saboroso ingrediente para saladas. Isso sem contar que tudo pode se tornar um bom negócio, pois os sofisticados pontos de vendas reclamam por não terem fornecedores suficientes para atender à procura pelas flores comestíveis.


Nome comum: Capuchinha

Nome científico: Tropaeolum majus L.
   
Sinonímia: Flor-de-sangue, agrião-do-méxico, mastruço-do-perú, capuchinha-grande, chagas, flor-de-chagas, chagas-de-Cristo, capuchinho, nastúrcio, chaguina, capucine, cinco-chagas, agrião-da-índia, mastruço.
 
Composição química: Ólero essencial; mirosina (fermento), açucares, pigmentos, substâncias antibióticas, vitamina-C, compostos sulfurados (enxofre). www.peshp.vilabol.uol: Contém: ácido trapaelínico, gliconastriritina, glicoproteína, resinas, muita vit. C e sais; potassa, fosfatos, ferro, nitrogênio, enxofre, iodo. Também o óleo de benzilo de mostarda que atua como antibiótico sobre bactérias, mofo e vírus indesejáveis; ao mastigar uma folha dessa planta desinfetamos a boca e a garganta. 

Contra Indicação: Não indicado nos casos de gastrite, gravidez, lactação, hipotireoidismo, insuficiência renal ou cardíaca. Pode causar irritação gástrica, ação antitiróidica, indutora de bócio. Seu uso excessivo pode causar hiptensão e potencialisação dos efeitos de cardiotônicos.


Fonte: www.curapelasplantas.com.br
Como cuidar das suas plantas

As Rosas
• Não deixe as folhas inferiores dentro d´água.
• Trocar diariamente a água e ao mesmo tempo cortar em diagonal 2 cm da base.
• Borrifar sempre que possível as rosas e as folhas.
• Deixar as rosas em lugar arejado, nunca na corrente de ar.
• Se possível colocar 1/2 colher das de café de água sanitária em mais ou menos 1 litro d´água.

As flores do campo
• Não deixe as folhas inferiores dentro d'água.
• Trocar diariamente a água e ao mesmo tempo cortar em diagonal 2 cm da base.
• Colocar o vaso com água em lugares arejados.
• Se possível, colocar 1/2 colher das de café de água sanitária em mais ou menos 1 litro d'água.

Arranjo de corbeilles ou cesta de flores
• Colocar o arranjo em lugares arejados.
• A base desses arranjos é a espuma floral, deve ser molhada corretamente, ou adicionar um pouco de água diariamente.

Vasos plantados com flores
• Colocar seus vasos floridos em lugares de bastante claridade, geralmente violetas, kalanchoes, prímulas, gloxínias, begônias, lírios... não toleram sol direto.
• Não devem molhar as flores.
• Molhe somente a terra dos vasos quando necessário, nunca molhar diariamente.
• Nunca deixe água no prato, pois pode causar apodrecimento das raízes.
• Elimine sempre as flores ou folhas secas.

· Azaléa: Adora bastante claridade, porém, não deve deixar o vaso com sol direto, em média molha o vaso 2 vezes por semana no verão e uma vez por semana no inverno, nunca deixa água no prato, deixa a terra ligeiramente úmida, após a floração, pode deixar em ambiente externa ou interna ( deste que tenha bastante claridade).
· Begônia: Adora bastante claridade, porém, não deve deixar o vaso com sol direto, em média molha o vaso 2 vezes por semana no verão e uma vez por semana no inverno, nunca deixa água no prato, deixa a terra ligeiramente úmida, após a floração, deve deixar em ambiente interna com bastante claridade.
· Bromélia: Adora bastante claridade, porém, não deve deixar o vaso com sol direto, em média molhar por cima das folhas 2 vezes por semana no verão e uma vez por semana no inverno, nunca deixa água no prato, deixa a terra ligeiramente úmida, após a floração, pode deixar em ambiente externa ou interna ( deste que tenha bastante claridade).
· Crisantemo: Adora bastante claridade, nunca deixa o vaso com sol direto, em média molha o vaso 2 vezes por semana no verão e uma vez por semana no inverno, nunca deixa água no prato, deixa a terra ligeiramente úmida, após a floração, pode deixar em ambiente externa ou interna ( deste que tenha bastante claridade) .
· Gerbera: Adora bastante claridade, pode deixar o vaso com sol direto, em média molha o vaso 2 vezes por semana no verão e uma vez por semana no inverno, nunca deixa água no prato, deixa a terra ligeiramente úmida, após a floração, deve deixar o vaso na área externa.
· Girassol: Adora bastante claridade, pode deixar o vaso em ambiente interna, em média molha o vaso 2 vezes por semana no verão e uma vez por semana no inverno, nunca deixa água no prato, deixa a terra ligeiramente úmida.
· Kalanchoes: adora claridade, pode deixar em ambiente interna e externa, irrigação modelada, planta bastante resistente.
· Hortênsia: Adora bastante claridade, porém, não deve deixar o vaso com sol direto, em média molha o vaso 2 vezes por semana no verão e uma vez por semana no inverno, nunca deixa água no prato, deixa a terra ligeiramente úmida, após a floração, deve deixar em ambiente interna com claridade ou externo
· Lírio : Adora bastante claridade, porém, não deve deixar o vaso com sol direto, em média molha o vaso 2 vezes por semana no verão e uma vez por semana no inverno, nunca deixa água no prato, deixa a terra ligeiramente úmida, após a floração, deve deixar em ambiente interna com bastante claridade
· Orquídeas: Gostam de muita luz, mas não devem ficar diretamente expostas ao sol; a terra deve ser mantida moderadamente úmida, permitindo que sequem um pouco a cada rega; adaptam-se a ambientes internos e externos;
· Tulipa: Gosta de muita luz, mas não deve ficar diretamente exposta ao sol; a terra deve ser mantida moderadamente úmida, permitindo que seque um pouco a cada rega; adapta-se melhor a ambientes internos.
· Violetas: Gosta de muita luz, mas não deve ficar diretamente exposta ao sol, a terra deve ser mantida moderadamente úmida, permitindo que seque um pouco a cada rega; adapta-se melhor a ambientes internos.

Fonte: Flora Savassi

quinta-feira, 22 de julho de 2010

As flores desabrocham para continuar a viver, pois reter é perecer.(Khalil Gibran)

 
A Lição da Borboleta
 
Um homem, certo dia, viu surgir uma pequena abertura num casulo. Sentou-se perto do local onde o casulo se apoiava e ficou a observar o que iria acontecer, como é que a lagarta conseguiria sair por um orifício tão miúdo. Mas logo lhe pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso, como se tivesse feito todo o esforço possível e agora não conseguisse mais prosseguir. Ele resolveu então ajuda-la: pegou uma tesoura e rompeu o restante do casulo. A borboleta pôde sair com toda a facilidade... mas seu corpo estava murcho; além disso, era pequena e tinha as asas amassadas.
O homem continuou a observá-la porque esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e se estendessem para serem capazes de suportar o corpo que iria se firmar a tempo. Nada aconteceu! Na verdade a borboleta passou o restante de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Nunca foi capaz de voar.
O que o homem em sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura eram o modo pelo qual Deus fazia com que o fluido do corpo daquele pequenino inseto circulasse até suas asas para que ela ficasse pronta para voar assim que se livrasse daquele invólucro.
Algumas vezes o esforço é justamente aquilo de que precisamos em nossa vida. Se Deus nos permitisse passar através da existência sem quaisquer obstáculos, Ele nos condenaria a uma vida atrofiada. Não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nunca poderíamos alçar vôo. 

Fonte: "Para que minha vida se transforme"- Maria Salette e Wilma Ruggeri - Editora Verus
"Ó tu do meu amor fiel traslado
Mariposa entre as chamas consumida,
Pois se à força do ardor perdes a vida,
A violência do fogo me há prostrado.

Tu de amante o teu fim hás encontrado,

Essa flama girando apetecida;
Eu girando uma penha endurecida,
No fogo que exalou, morro abrasado.

Ambos de firmes anelando chamas,

Tu a vida deixas, eu a morte imploro
Nas constancias iguais, iguais nas chamas.

Mas ai! que a diferença entre nós choro,

Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro."
 
Gregório de Matos
Os homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram. E, no entanto, o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa. (Anônimo)

Jesus é o sol de primeira grandeza, a quem dizemos: "aquece-nos, Jesus. Tu és o nosso sol." E nós somos botões de rosas que desejamos desabrochar para receber o aroma da sua mensagem  na Terra. (Divaldo Franco - Dr. Bezerra de Menezes)

terça-feira, 20 de julho de 2010


Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção 

Libélula

Matéria publicada no Informativo n° 15 setembro/outubro de 1997
Texto de Marcelo Szpilman*
 
Poucos se dão conta de que também existem insetos ameaçados de extinção. A pequena divulgação sobre o assunto e a falta de informação de que os mesmos são tão importantes no equilíbrio ambiental quanto os outros animais, aliados à pouca simpatia que exercem nas pessoas em geral, faz com que poucos saibam da existência desses pequenos seres em perigo, como as borboletas, com 28 espécies ameaçadas, e as libélulas, que serão apresentadas nesta matéria, com cinco espécies ameaçadas e uma provavelmente extinta. Existem no Brasil mais de 1.200 das 5.000 espécies de libélula que povoam o mundo inteiro. Apesar das várias denominações vulgares, como lavadeira, cavalinho do diabo, pito, e canzil, seu nome mais comum, libélula, pode ter-se originado dos termos latinos, libellulus, o diminutivo de livro (liber), devido à semelhança de suas asas com um livro aberto, ou libella, que significa balança, e aí o movimento de suas asas, que oscilam levemente durante o vôo, daria respaldo a esta interpretação. Graças ao fantástico aparelhamento biológico que possui, uma libélula consegue planar, o que é impossível para a maioria dos insetos alados. Enquanto uma abelha vibra suas asas 4 vezes por segundo e muitos mosquitos imprimem até 8 batidas, a libélula bate suas asas 50 vezes por segundo. De acordo com a espécies, o tempo de vôo pode variar de dias, como ocorre com as espécies migratórias que possuem asas mais largas e conseguem planar nas correntes aéreas, a alguns minutos por dia. Em média, elas se mantêm voando por 5 a 6 horas diariamente. O absoluto controle de vôo da "demoiselle" (senhorita, como a libélula é chamada pelos franceses), inspirou o brasileiro Alberto Santos-Dumont na criação de seu modelo mais bem sucedido: o Demoiselle. Irrequieta, voando incessantemente, planando, dando rasantes, subindo ou pousando como um helicóptero, a libélula parece ter sempre muita pressa. E motivos não faltam para isso. Toda libélula está sempre vivendo o ponto culminante de sua vida e não tem tempo a perder. Deve procurar parceiros e acasalar em um prazo máximo de dois meses __ tempo entre sua última metamorfose, quando de larva se transformou em libélula, e sua morte __, que corresponde, em algumas espécies, a menos de 10% de seu tempo total de vida. Será preciso entender rapidamente as regras do jogo no novo ambiente, aprendendo a evitar seus predadores e caçando suas presas. Aparelhada com o maior olho proporcional do reino animal, a libélula usa seu sofisticado aparelho visual como um radar. Posicionando-se sempre contra a luz solar, é capaz de detectar movimentos imperceptíveis aos nossos olhos. Em centésimos de segundo, ela identifica se é uma presa, um predador, um rival ou uma possível parceira. Aos inimigos, a lei-do-mais-forte. Aos machos rivais, um violento ataque servirá para marcar presença no território. Caso seja uma fêmea, será o início de um complicado malabarismo, essencial para a preservação da espécie. A cor definitiva do corpo e da asa das libélulas demora alguns dias para se fixar, seguindo diversos matizes de azul, amarelo e vermelho. Em algumas espécies a coloração predomina nas asas, enquanto outras possuem o abdômen colorido e asas transparentes. As cores chamativas e dois pares de asas que não se dobram as tornam incapazes de esconder-se na vegetação, representando uma desvantagem competitiva. Os olhos com visão panorâmica e a habilidade de voar verticalmente, contrabalançam esta equação evolutiva, que tem sido favorável às libélulas.

Caçador e caça
Predadora voraz em seu ambiente, a libélula é capaz de comer 14% de seu peso se alimentando apenas de outros insetos voadores __ abelhas, moscas, besouros, vespas, outras libélulas menores, pernilongos e até o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue __ em um único dia de sua curta existência fora da água. Vivendo apenas de um a dois meses com suas asas, depois de ter passado até cinco anos no ambiente aquático, ela tem pouco tempo para encontrar parceiros e procriar, antes que um predador a encontre primeiro. Recentes pesquisas demonstraram que um pequeno besouro realiza por dia cerca de 150 vôos, conseguindo um índice de sucesso nas caçadas de 43% e comendo 11% do seu peso. Já a libélula, mesmo com pouco tempo de "brevê", realiza duas vezes mais vôos e tem sucesso em 51% de suas investidas. Enquanto vive na água, a libélula tem de fugir dos sapos, peixes e pássaros. Com asas, ela terá outros inimigos: aranhas, louva-deuses e outros pássaros.

Se tem libélula, a água está limpa
Quem tiver dúvidas quanto à qualidade da água de um rio ou lago pode fazer o "teste da libélula", que consiste na simples observação se há libélulas na área. Todo rio ou lago com águas limpas tem libélula. No entanto, a menor alteração físico-química da água ou do ar já será suficiente para expulsá-las, além de impedir que dos ovos saiam novas larvas. Deste modo, a presença do inseto funciona como um excelente bioindicador da qualidade do meio ambiente. A grande ameaça à vida das libélulas é a poluição ambiental. Na água, a poluição provoca mudanças drásticas em suas características físicas, como os sedimentos em suspensão, e químicas, tais como alteração do PH, da condutividade e do nível de oxigênio dissolvido na água. No ar, ocorrem processos semelhantes, incluíndo as mudanças climáticas.

Duas metades de um só coração
O tempo de procriação pode variar de alguns minutos em pleno vôo até várias horas de um acasalamento pousado. O que não muda é a posição insólita em forma de coração, formado pelo corpo retorcido do macho e da fêmea. Quando o macho está na presença da fêmea, ele precisa encostar seu pênis, localizado no segundo segmento de seu abdômen, no nono (e penúltimo) segmento, onde são produzidos os espermatozóides. Depois de transportar seu próprio esperma até o pênis, o macho segura a fêmea pela cabeça com uma pinça localizada na extremidade de seu corpo. A fêmea, então, faz também um contorcionismo para que seu orgão genital, localizado no penúltimo segmento, encontre o pênis do macho, formando o coração. Depois da fecundação, os ovos são liberados dentro da água ou em alguma planta submersa.

A larva se tranforma em avião
Duas a três semanas depois de postos os ovos, surgem as larvas das libélulas. Começa então um longo ciclo de vida aquática, que, em algumas espécies, pode durar até cinco anos. Em sua existência submersa, a larva se alimentará de microcrustáceos, filhotes de peixes e outras larvas __ ela atua como ápice de uma importante cadeia alimentar dos ambientes aquáticos dos rios e lagos __ e passará por até 15 sucessivas metamorfoses até se transformar em uma naiade, que já se assemelha ao inseto adulto porém se movimenta no meio aquático através de jatos de água que saem pelo reto, como um sifão. Em um dado momento, atendendo aos chamados de um relógio biológico, cujo mecanismo permanece inexplicado, a naiade faz a transição do meio aquático para o terrestre onde fará sua última metamorfose. A escalada do trampolim para o novo mundo é feita geralmente à noite, para escapar dos predadores. Subindo pela haste de alguma planta, a larva para de se alimentar e se mantém várias horas imóvel se preparando para a mudança. A libélula rompe seu último exoesqueleto pelo dorso, liberando primeiro a cabeça e o tórax e depois o abdômen (o processo leva de 30 a 40 minutos). Suas asas, úmidas, precisarão de duas a três horas para se solidificarem em contato com o ar, quando a libélula estará, então, aparelhada e pronta para decolar.

* Marcelo Szpilman é Biólogo Marinho, Diretor do Instituto Ecológico Aqualung, Editor do Informativo do Instituto e autor dos livros Guia Aqualung de Peixes e Seres Marinhos Perigosos.
"O mistério da vida não é um problema para ser resolvido mas uma realidade  para ser experimentada." (Aart Van Der Leeuw)

segunda-feira, 31 de maio de 2010

"Podem nos tirar as flores, mas nunca a primavera." (Eduardo Galeano)
"Se alguém ama a uma flor, daquela que existe apenas mais que um exemplar entre milhões e milhões de estrelas, é bastante para que seja feliz quando olhar para as estrelas." (Antoine de Saint-Exupéry)

terça-feira, 11 de maio de 2010

As oportunidades são como o nascer do sol. Se você esperar demais, vai perdê-las.
(Willian Arthur Ward)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Edi ♥ Marcia

Bela é a flor
com sol ou com chuvas
que desabrocha todas as manhãs
em solos férteis ou áridos
Bela é a flor
que perfuma os jardins
bem cuidados ou maltratados
e sem nada pedir em troca
Bela é flor
que após doar-se em beleza
volta para a terra outras vez
para adubar as novas sementes
Bela é a flor
que embeleza a vida
e perfuma a morte
dia após dia...
Bela é a flor
a bela é a flor

(Branca Pires)

domingo, 28 de março de 2010

A pimenta


Curiosidades sobre as pimentas

“A pimenta traz consigo alguns mitos, como por exemplo o de que provoca gastrite, úlcera, pressão alta e até hemorróidas. Nada disso é verdade. Por incrível que pareça, as pesquisas científicas mostram justamente o oposto! Muitos dos benefícios da pimenta estão sendo investigados neste exato momento, pela comunidade científica e farmacêutica, originando alguns dos projetos de pesquisa mais picantes deste início de terceiro milênio. A substância química que dá à pimenta o seu caráter ardido é exatamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde.” - Dr. Alexandre Feldman

Os registros mais antigos do consumo de pimentas datam de aproximadamente 9 mil anos, resultado de explorações arqueológicas em Tehuacán, México. Outros sítios arqueológicos pré-históricos (2500 a.C.) são conhecidos no Peru, nas localidades de Ancon e Huaca Prieta.

O cultivo de pimentas era uma característica de tribos indígenas brasileiras quando do descobrimento do Brasil. Com a imensa variabilidade de pimentas nativas, certamente pode-se supor que diversas tribos cultivavam e colhiam pimentas; e o plantio de pimenta por tribos indígenas continua até hoje, como entre os índios mundurucus, da bacia do rio Tapajós.

Há quem utilize a pimenta como tempero do amor, por acreditar que seja afrodisíaca, e também os que juram que ela afasta o "mau-olhado".

Hoje, tailandeses e coreanos são considerados os maiores consumidores de pimenta do mundo; o consumo atinge até oito gramas por dia por pessoa. Por aqui, não há dados sobre o consumo, mas o cultivo é feito em praticamente todas as regiões, com destaque para Bahia, Ceará, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Rio Grande do Sul. As espécies de pimenta do gênero Capsicum - do qual também faz parte o pimentão - pertencem à família

A característica "ardida" da pimenta, chamada pungência, é exclusiva desse gênero e é atribuída a um alcalóide, a capsaicina, que fica acumulado na parte interna do fruto. A pungência das pimentas pode ser medida em Unidades de Calor Scoville (Scoville Heat Units - SHU), com aparelhos específicos. O valor SHU pode chegar a 300 mil, caso, por exemplo, da cumari-do-pará.

As espécies do gênero Capsicum mais cultivadas no Brasil são:

- Bode (C. chinense) - frutos arredondados ou achatados, vermelhos e amarelos. É muito picante e os frutos maduros são utilizados principalmente em conservas.
- Cambuci (C. baccatum var. pendulum) - frutos vermelhos em forma de campânula ou de sino. Com sabor adocicado, pode ser utilizada em saladas.
- Cumari-do-pará (C. chinense) - frutos triangulares e amarelos quando maduros. Bastante picante, é utilizada em conservas.
- Cumari-verdadeira (C. baccatum var. praetermissum) - frutos arredondados ou ovalados, vermelhos e muito picantes.
- Dedo-de-moça (C. baccatum var. pendulum) - frutos alongados e vermelhos. Sua pungência é baixa e é utilizada em molhos, conservas e desidratada, em flocos (calabresa).
- Jalapeño (C. annuum) - originária do México, com frutos grandes, sabor forte e pungência mediana.
- Malagueta (C. frutescens) - uma das mais cultivadas é vermelha, mede de 1,5 e quatro centímetros. Com pungência de média para alta, é a mais utilizada para "esquentar" o acarajé.
- Pimenta-de-cheiro (C. chinense) - frutos alongados, triangulares ou retangulares. A coloração também é variável (amarelo-leitoso ao preto), assim como a pungência (doce até muito picante).

Fonte de Pesquisas: Emprapa Hotaliças

sábado, 27 de março de 2010

"Determinada flor é, em primeiro lugar, uma renúncia a todas as outras flores. E, no entanto, só com esta condição é bela." Antoine de Saint-Exupéry

" A natureza não faz milagres; faz revelações." Carlos Drummond de Andrade
Beleza de Arrepiar: 

Coloridas e donas de belas cabeleiras

Lindas e perigosas. Não, não é nome de um filme que você já viu ou de alguma série de sucesso da tevê. A  definição cai bem para lagartas e taturanas, insetos pertencentes ao grupo dos lepidópteros, que, na fase adulta, transformam-se em borboletas e mariposas. Coloridas e donas de belas cabeleiras - ou estranhos 'penteados' - as taturanas, em especial, seduzem nossa visão e induzem ao toque. Uma atração que pode ser fatal, ou, no mínimo, dolorida. No Brasil, muitas espécies são urticantes - causam 'queimaduras', como se prefere dizer popularmente. É o caso das espécies nas famílias Limacodidae e Arctiidae. Mas as que mais preocupam são espécies das famílias dos Megalopygidae e Saturniidae, com histórico de acidentes com hemorragias e até morte, no contato direto com pessoas.
Em sua maioria, os acidentes derivam da transgressão de uma regra simples, válida tanto para quintais e pomares como para incursões em áreas naturais inexploradas: olhe antes de por a mão ou encostar o corpo. A falta de atenção ensina que mesmo bichos pequenos podem dar muito trabalho e causar muita dor. Claro, nem todas as espécies de lagartas e taturanas são nocivas à saúde, embora o contato com muitas delas possa causar irritação, ardência, queimação, inchaço, avermelhamento, febre e vômitos. Uma forma de diferenciar as mais e menos perigosas é verificar se elas têm ou não cerdas no corpo: as que têm cerdas 'queimam', sendo que as cerdas com ramificações, parecendo 'pinheirinhos' costumam indicar venenos mais potentes, conforme ensina o médico especializado em animais peçonhentos Vidal Haddad, da Universidade Estadual Paulista (Unesp-Jaboticabal).
Em português, chama-se de lagarta aquela que é 'lisa' e de taturana a 'peluda', mas esta é uma diferenciação popular. Para os pesquisadores são todas lagartas. O nome taturana vem do tupi tatarana e se traduz num alerta: tata = fogo e rana = semelhante a, ou seja, tatarana = "semelhante ao fogo". A cor também é um indicativo, mais ou menos confiável. Como no caso de outros animais - anfíbios e répteis, em especial - as cores mais vivas equivalem a um aviso: "não me coma ou não me toque, sou venenosa".
Os lepidópteros existem há 300 milhões de anos e são insetos muito bem adaptados, tendo atravessado grandes mudanças do clima ao longo desse período: glaciações, interglaciações, mais frio, mais calor, maior e menor disponibilidade de água. Num levantamento científico recente para o Projeto Biota, estimou-se a existência, no mundo, de 146.000 espécies conhecidas de lepidópteros, e um total de até 255.000, incluindo as que ainda não foram descritas pela Ciência. No Brasil, são 25.000 catalogadas e 40.0000 estimadas. Conhecidas, no Estado de São Paulo, são 10.840 e estimadas, 15.000. De acordo com a lista vermelha da União para a Conservação Mundial (IUCN) de 2004, 284 espécies de lepidópteros estão ameaçadas de extinção no mundo e 12 no Brasil. A lista vermelha do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) inclui 57 espécies de borboletas e mariposas entre as categorias "vulnerável" e "criticamente ameaçada de extinção".
Todos os lepidópteros têm o mesmo tipo de desenvolvimento, variando apenas os períodos passados em cada fase, conforme a espécie. Os adultos são borboletas ou mariposas que põem ovos, dos quais eclodem larvas (lagartas), que depois se transformam em pupas (com ou sem casulo) e finalmente em adultos. Na fase larval é que ocorrem os acidentes com humanos. Lagartas e taturanas recebem diferentes nomes comuns: marandová, mandorová, mondrová, manduruvá, ruga, oruga, ambira, bicho-cabeludo, lagarta-cabeluda, lagarta-de-fogo e outros menos conhecidos. Com algumas exceções, a borboleta é o adulto alado que voa durante o dia, e a mariposa, à noite.  
Depois da última ecdise (troca de pele), quando as taturanas estão próximas de entrar na fase de pupa ou crisálida, tecem um casulo sob as folhas caídas e restos vegetais no solo, ou em ramos nas árvores. É uma fase muito importante: o inseto pára de comer e começa a metamorfose. Forma-se o aparelho bucal, o sexo se define e crescem as asas. Quando o adulto emerge da crisálide ou do casulo, borboleta ou mariposa, macho ou fêmea, as asas endurecem e secam ao entrar em contato com o ar. E segue-se a temporada dos acasalamentos, completando o ciclo evolutivo.
Cores e 'estilos' são muito variados, com combinações que fascinam pela sua beleza, atraindo principalmente as crianças, que cedo aprendem a evitar o toque. No final dos anos 80 e início dos 90, 'taturanas assassinas' colocaram o Sul do País na mídia nacional. A espécie causadora de 6 mortes e de grande parte dos 1.800 acidentes, registrados entre 1989 e 2002 foi Lonomia obliqua, da família Saturniidae. Suas cerdas venenosas, em forma de 'pinheirinho', são responsáveis pelos casos mais graves conhecidos em todo o país. O adulto é uma mariposa de coloração cinza (fêmea) ou amarelo-alaranjada (macho), ambos com uma listra transversal sobre as asas.
Em contato com a pele humana, o veneno da Lonomia obliqua causa uma alteração na coagulação sangüínea chamada síndrome hemorrágica. As conseqüências são hemorragias, manchas escuras e sangramentos pela gengiva, nariz, intestinos, urina e até em feridas já cicatrizadas. Sem atendimento médico, a vítima pode morrer de hemorragia cerebral ou insuficiência renal aguda. O veneno é considerado mais potente do que o das serpentes do gênero Bothrops, o grupo das jararacas, responsável por mais de 90% dos acidentes com cobras no Brasil.
O gênero Lonomia é neotropical e ocorre do México à Argentina. No Brasil há notificação médica de casos de acidentes desde 1912 com um surto em 1980, no Amapá, além desse mais recente, na região Sul, no início dos anos 90. Um dos especialistas brasileiros nesta espécie de taturana é Roberto Henrique Pinto Moraes, do Laboratório de Parasitologia/Entomologia do Instituto Butantan. Ele fez parte da equipe de cientistas que pesquisaram os casos de Lonomia para, em 1994, desenvolver o soro antilonômico, feito a partir do veneno. Único no mundo, o soro contém anticorpos contra as toxinas dessa taturana e com sua produção não foram mais registrados casos de morte.
"Por distração, a pessoa entra em contato com as cerdas das lagartas. Elas liberam toxinas na pele e em um período de 10 horas surgem de simples hematomas a derrames cerebrais, e morte da vítima como conseqüência", diz o pesquisador. Sem a medicação o quadro pode evoluir da forma branda (hematomas) para a média (sangramentos externos) e intensa (hemorragias internas). O soro antilonômico já salvou vidas também em outros países onde o gênero do inseto também ocorre, como Colômbia e Argentina. Produzido pelo Instituto Butantan, é distribuído pelo Ministério da Saúde e pode ser encontrado em hospitais de referência de algumas cidades dos estados do Sul e Sudeste, onde a ocorrência da taturana é maior.
Apesar da fama de 'assassinas', Roberto Moraes contesta a idéia de que as taturanas sejam vilãs: "Elas não são agressivas. Sempre é a pessoa que provoca o contato". O veneno é uma defesa do inseto, mas ainda não se sabe bem porque é tão potente. "Nós estamos aprendendo, e muito, com ela", diz o pesquisador. Durante o desenvolvimento do antídoto ao veneno, por exemplo, foi isolada também uma proteína anticoagulante que poderá, no futuro, ser utilizada contra as doenças de coração e circulação, nos casos de entupimento de veias. E as pesquisas trouxeram boas perspectivas de utilização de um inseticida biológico a partir do vírus "loobMNPV", parasita natural da Lonomia, nocivo apenas para ela. Sua eficácia se comprovou logo nos primeiros testes: o inseticida biológico à base do vírus matou um grupo de 80 lagartas num fim de semana. E o importante é que o inseticida não faz mal ao ser humano, além de não agredir o meio ambiente e as lavouras.
Em muitos casos, a infestação de lagartas, principalmente nos pomares, deriva da falta de inimigos naturais. Os principais controladores biológicos das lagartas são seus parasitas: moscas, vespas, nematóides, vermes, percevejos e vírus. Já os principais predadores são moscas da família Tachinidae e vespas da família Ichneumonidae, que depositam seus ovos no dorso das taturanas. Quando nascem, as larvas da mosca ou da vespa se alimentam das vísceras da lagarta. Aves, anfíbios e mesmo mamíferos também são predadores de lagartas e taturanas, alguns mais especializados - e imunes a venenos - do que outros, embora as taturanas mais urticantes escapem mais ilesas do que as lagartas 'peladas'.
Algumas espécies vivem em grupos, andando em grupos de 70 a 80 indivíduos, como a própria Lonomia obliqua. Com os desmatamentos, diversas espécies se aproximam das áreas urbanas e    'invadem' quintais, jardins e pomares, com mais freqüência no verão, entre novembro e março. Uma boa parte das espécies vale-se de camuflagem - a capacidade de se confundir com o ambiente, graças ao padrão de cores e texturas - na tentativa de passar despercebida. A camuflagem é uma defesa contra os predadores naturais. Existem lagartas que imitam cobras, com 'olhos' falsos e tudo, sempre com o objetivo de escaparem ilesas. Esse tipo de disfarce, o de imitar um animal perigoso ou tóxico aos predadores, é chamado de mimetismo.
 "Conhecer um inseto não é apenas evitar acidentes ou desenvolver novos conhecimentos, mas principalmente o de manter o equilíbrio ecológico. Borboletas e mariposas são importantes polinizadores e tanto as larvas (taturanas e lagartas), como os adultos, servem de alimento a diversos animais", reitera o pesquisador do Instituto Butantan. Vale lembrar que a boa convivência com algumas espécies de lepidópteros também gera bens de alto valor econômico, como no caso da domesticação da lagarta da mariposa Bombyx mori, nativa da Ásia, que fornece ao homem um dos mais belos e elegantes tecidos: a seda. Antes de virar mariposa, o bicho-da-seda produz um casulo tecido com um único fio de 900 metros de comprimento. São necessários 3 mil casulos na produção de meio quilo de seda.
Entre venenos e sedas, certamente há muito mais tesouros do que riscos escondidos no universo das lagartas e taturanas.


Fonte: EPTV.com

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